Agentes Socioeducativos devem ser os primeiros concursados chamados por Carlos Moisés
O governo de Carlos Moisés iniciou investindo na Segurança Pública, nesta semana foi anunciado o novo Concurso PM/SC que contemplará 1000 vagas para Soldado. E, nos próximos dias, o Governador deve confirmar a chamada de 21 concursados para o cargo de Agente Socioeducativo do DEASE. Eles vão atuar nas unidades de atendimento a menor infrator de Santa Catarina. Os novos servidores devem ser os primeiros chamados via concurso público pelo novo governador. O concurso está com o prazo próximo do final e pode ser perdido caso eles não sejam convocados.
Como é visto, os reforços necessários no sistema prisional do Estado estão sendo atingidos. Seja no DEASE ou no DEAP, a ocorrência de reforço de pessoal é uma grande expectativa. Isto porque, essas medidas fazem parte das que já vinham sendo tomadas pelo governo anterior para garantir a continuidade das ações de redução da criminalidade na área da Segurança Pública. Assim sendo, a abertura do Concurso DEAP deve acontecer em breve.
Concurso DEAP: confirmado para 2019
O concurso do DEAP (Departamento de Administração Prisional) que estava previsto para este ano, terá seu edital publicado em 2019. A informação foi transmitida pelo Secretário da Justiça e Cidadania (SJC), Leandro Lima. Ele, que seguirá no governo de Carlos Moisés como secretário de Administração Penitenciária, não apontou as razões do adiamento.
O anúncio de um novo concurso veio com o reconhecimento de que o sistema prisional de Santa Catarina precisava de medidas reparadoras urgentemente. Com isso, o Governador Eduardo Pinho Moreira anunciou, em julho deste ano, o certame para preencher 807 vagas no DEAP. Em agosto, em visita a Criciúma, o governador voltou a afirmar a realização do concurso.
O vencimento inicial para um Agente do DEAP, conforme a Lei 675/2016, é de R$ 1.157,43. Todavia, os servidores do cargo contam com o Adicional de Atividade que correspondem a 222,25% do valor do vencimento da respectiva classe, entre outras, que somados chegam a R$ 3.993,82.
Prepare-se para o Concurso DEAP 2019
Último concurso DEAP
O último concurso da Instituição ocorreu em 2013, e a organizadora foi a Fepese – Fundação de Pesquisas Socioeconômicas da Universidade de Florianópolis. Há época, 270 vagas para masculinos e 30 para femininas foram ofertadas.
R$ 110,00 foi o valor da inscrição no concurso pretérito e as disciplinas abordadas naquela prova foram: Língua Portuguesa, Noções de Informática e Direitos Humanos relativas aos conhecimentos gerais, e Direito Constitucional, Direito Administrativo, Direito Penal, Direito Processual Penal e Legislação Estadual compondo os conhecimentos específicos, somando 70 questões.
DEAP: O que faz um Agente Penitenciário?
O DEAP SC (Departamento de Administração Prisional de Santa catarina) é o órgão de responsável pela custódia e reinserção social de cidadãos encarcerados. Sua missão é administrar o sistema prisional catarinense, de forma integrada, visando custodiar os reclusos e contribuir para sua reinserção social.
Seus servidores podem desenvolver várias funções dentro do Órgão, bem como nas áreas operacional, financeira, administrativa ou jurídica. Na área operacional, os Agentes Penitenciários têm por responsabilidade vigiar as instituições prisionais, zelando pela segurança da sociedade, além de manter a integridade física e de saúde dos presos. O trabalho é baseado em segurança, organização e serenidade. Podendo também atuar nos Núcleos de Operações Táticas Regionais ou em grupos de nível Estadual como o SOE (Serviço de Operações e Escoltas), onde o ingresso é feito mediante treinamento específico.
O Estado de Santa Catarina conta com três tipos de grupos especializados no sistema prisional:
NOT – Núcleos de Operações Táticas, baseados em unidades prisionais. Atuam em Florianópolis, Lages e Chapecó.
SOE – Serviços de Operações e Escoltas, com base no DEAP, voltado para escoltas estaduais de alto risco e interestaduais.
GTI – Grupo Tático de Intervenção, com base em São Pedro de Alcântara, de atribuição específica para intervenção prisional.
Trabalhar com vigilância, guarda e escolta de prisioneiros pode parecer uma profissão arriscada. Para tanto, para seguir a carreira, o profissional precisa possuir facilidade de relacionamento pessoal e comunicar-se de forma expansiva e franca. Precisa manter o respeito às regras e normas institucionais, postura ético-profissional, capacidade de medir conflitos, possuir aptidão física e principalmente, dispor de equilíbrio emocional para lidar com as diferentes situações enfrentadas nos presídios.
Segundo o Agente Penitenciário Gilson Borba, entrevistado pelo Essencial Concursos, uma ótima forma de canalizar a carga absorvida nas difíceis tarefas do cargo é a prática de esportes. Essa foi a maneira que ele adotou para não deixar a carga emocional adquirida no dia-a-dia dos presídios influenciar sua vida pessoal e o relacionamento com sua família. “É preciso estar preparado física e psicologicamente, é preciso ter uma válvula de escape para não levar o peso negativo de uma penitenciária para dentro de casa”, afirma.
A rotina de trabalho compreende em atendimento, orientação e assistência à disciplina do preso. O profissional vigia os presos com a finalidade de assegurar à custódia, de estabelecer a ordem dentro dos presídios, encaminhar demandas dos internos para a diretoria, informar possíveis ocorrências e conferir documentos. A atividade engloba também planejamento, organização e a participação de programas e ações para a socialização do preso. Realizam revista nos presidiários e visitantes e vigilância interna, além de lidarem com situações de conflito como rebeliões e fugas que por ventura possam ocorrer.
Os agentes realizam ainda contenção, escolta armada e auxiliam a polícia na captura de presos foragidos do sistema penitenciário.
É indispensável possuir conhecimento das leis e normas do sistema penitenciário para a atuação da profissão.
O órgão desempenha um importantíssimo trabalho para a sociedade e recebe o digno reconhecimento e respeito da mesma.